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Fazendo um glossário com o Evernote

O Evernote é uma dessas ferramentas que, mesmo na versão gratuita, já oferecem tantas possibilidades que muitos optam por não pagar pela versão completa que oferece somente mais espaço de armazenamento.

É tanta flexibilidade que conheço um monte de gente que não usa porque se perde.

Resolvi então fazer duas coisas:

  1. Dizer o que é o Evernote
  2. Falar em apenas um jeito de usá-lo dessa vez: fazer um glossário.

O que é o Evernote?

Imagine uma estante onde você guarda vários blocos de anotações, ok? Imaginou? Isso é o Evernote. Simplesmente isso.

Você pode criar cadernos dentro dele e ir adicionando páginas nesses cadernos que podem conter textos, imagens e sons.

É claro que ele está livre das limitações das coisas físicas então você pode olhar seus cadernos e anotações de qualquer dispositivo como celulares e tablets até seu computador Mac, Windows ou seu navegador Web.

Coisas como buscar uma palavra em suas anotações, naturalmente, é trivial.

Fazendo um Glossário com o Evernote

Para muitos tradutores glossário é vida, né? Por isso decidi falar em como fazer um belo glossário usando-o.

As vantagens são:

  • Seu glossário fica guardado também na nuvem
  • Você guarda as referências de onde vieram as definições
  • É fácil buscar palavras nele
  • Você pode compartilhar com amigos se quiser
  • Tenho certeza que você descobrirá outras vantagens.

Vamos lá então, certo?

Você vai precisar de:

  • Um computador com o Evernote instalado (link no final do post)
  • Um navegador com a extensão do Evernote instalada (Firefox, Safari, Chrome estão ótimos)
  • Só isso.

Em seu Evernote (via Web ou aplicativo) crie um caderno “Glossário”.

Vá trabalhar, ok?

Quando encontrar uma palavra que você acha que vale a pena colocar em seu glossário você pode fazer duas coisas:

  1. Procurar usos dela online
  2. Registrar seu próprio uso

No segundo caso você pode criar uma nota diretamente no Evernote colocando como título a palavra e no conteúdo as definições e usos copiados e colados do texto em que você está trabalhando.

No primeiro caso você pode selecionar o uso que achou e clicar na extensão do seu navegador para criar uma nova nota no seu cadernos glossário automaticamente.

Se você achar mais de uma página com usos interessantes da palavra ou expressão o ideal é copiar e colar na nota criada primeiro.

Fica mais ou menos assim:

Tela do Evernote
Um exemplo de glossário usando o Evernote

Na tela acima eu selecionei a definição de Avonda! do Aulete no meu navegador e deixei a extensão fazer o trabalho de copiá-la para o meu glossário. O link para o Aulete eu coloquei manualmente assim como a sugestão em seguida para usar a palavra sempre com a exclamação.

O passo seguinte seria copiar para a nota o trecho de Paraíso Perdido onde a palavra é usada e talvez acrescentar que deve ser usada em contextos de época.

À esquerda vê-se a outra palavra que criei em meu glossário: apedeuta.

Acima da nota você encontrará dois balões azuis com as expressões “arcaico” e “paraíso perdido”. São palavras chave que inseri para ficar mais fácil localizar a palavra. Podem não ter sido opções muito boas, mas espero que sirvam para passar a ideia. Poderiam ser, por exemplo, “química orgânica” ou “Falso cognato”. Sei que vocês pensarão em coisas melhores.

O Evernote permite criar links para que outras pessoas vejam seus cadernos. No caso de um glossário pessoal isso provavelmente não é uma boa ideia, mas você pode precisar coordenar uma equipe de pessoas que traduzem um determinado tipo de texto técnico, por exemplo.

O meu objetivo nesse post é dar uma ideia sem complicar demais nas explicações para que ninguém tenha medo de tentar.

Se alguém resolver desenvolver a ideia na prática e compartilhar fique a vontade para usar os comentários ou nos indique o link do seu artigo sobre a experiência. Teremos prazer em acrescentá-lo aqui!

Para baixar:

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Os primeiros passos trôpegos na tradução

Foto de um nenufar sobre a água
Um nenufar…

Essa é uma crônica de um pretendente a candidato a futuro tradutor.

Pois é, entre os “tradcasters” tem um que admira profundamente essa profissão e tem vontade de tentar seguir os passos dos amigos de podcast (e muitos papos), mas não sabe se tem as qualidades necessárias.

Nós sabemos que alguns dos nossos ouvintes passam pelo mesmo dilema então eu, o quarto elemento (queria muito ser o quinto e ter um super-código de DNA, mas, fazer o quê? E eu não ficaria bem como uma ruiva), decidi contar um pouco das minhas tímidas incursões.

Sim! Eu, o Roney, já andei fuxicando Wordfast, MemoQ, Swordfish e outras. Para quem não sabe essas são ferramentas de auxílio à tradução.

A primeira coisa que alguns leigos pensam é isso: aquele fotógrafo é maravilhoso, que câmera ele usa?

Então, querem saber o que eu, um “não tradutor”, percebi usando essas ferramentas? É uma longa história…

Como elas dividem o texto em trechos ajuda a não nos assustarmos com a extensão do que temos pela frente, mas elas não ajudam nada a aprender a traduzir.

Tá… A história não é tão grande afinal de contas! Hehehe!

O que realmente me mostrou o tamanho do caminho a seguir foi sentar e traduzir ou até mesmo ler traduzindo mentalmente.

Sim, pois a primeira coisa que a gente precisa para traduzir, pelo menos eu acho, é ser capaz de ler no idioma de origem, né? 😉

Acontece que ler é bem diferente de traduzir.

Em primeiro lugar a gente não lê traduzindo, a gente não fica pensando “the dog is happy” quer dizer “O cachorro é feliz” e então a frase quer dizer “o cachorro está feliz”. A gente via lendo direto.

Até o dia que eu sentei para traduzir achei que isso não seria um problema… Bem, talvez não seja para alguns, mar para mim é! Diversas vezes me pego lendo um livro e pensando “Nossa! Não sei como diria isso em português!”.

Então aqui vai meu primeiro passo trôpego na tradução:

Leia coisas traduzindo para a sua língua. Sente de vez em quando para traduzir um artigo, um trecho de um romance, uma crônica, um conto… Não tente traduzir uma poesia, tradutores que traduzem poesia são seres sobrenaturais… É sério! Eu acho isso mesmo! Tá, não acho, mas que é outra história… Ah! É!!

O segundo…

Pegue um livro em português mesmo (considerando que essa é a sua língua mãe) e preste atenção numa coisa, ok?

Posso dizer?

Lá vai…

Você entende — absolutamente — tudo que lê? Cada “nenúfar”, “pernóstica” e “avonda!” que o louco do autor resolveu colocar lá só para mostrar que ele teve uma infância feliz nos campos floridos longe da cidade, leu A Borboleta Atíria ou aquela tradução clássica de Paradise Lost?

Olha, eu não!

Confesso que, quando lí nenúfares pela primeira (e acho que única) vez eu simplesmente pensei “ok, é um campo coberto com algum tipo de flor”.

A propósito, só agora eu vi, pelo jeito nenúfar é Vitória Régia…

Muito bem, “pernóstica” eu fui no dicionário ver pois era uma qualidade da borboleta que me pareceu importante e Avonda! eu tive que buscar no dicionário também porque era uma das palavras mais absurdas que eu tinha visto na minha vida além de Yahoo!, mas Yahoo! é um nome.

Então esse é o segundo passo trôpego…

A questão é que a gente pega muita coisa pelo contexto quando estamos lendo, mas quando estamos traduzindo, para fazer um bom trabalho, temos que entender tudo, tudinho, tudinhozinho… Ou não?

Esse está longe de ser um texto para iniciantes no ofício da tradução — e por isso já comecei avisando que era uma crônica —, mas achei que seria divertido para os tradutores que já esqueceram como foram seus primeiros passos e para quem está nessa fase agora.

Tem vários outros passos que eu certamente esqueci e que nem imagino que existem pois não senti na pele ainda.

Revisão por exemplo… Tem que revisar tudo… Eu não revisei essa crônica… Foi direto. Deve ter gente que pode fazer isso, mas eu certamente não sou um exemplo! 😉

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Vamos aprender?

Ao contrário do que muitos pensam, traduzir não é bolinho. Por isso, se você pretende se intitular “tradutor profissional” (com todas as implicações que daí decorrem), é preciso entender do riscado. Há duas maneiras de se conseguir isso: com instrução – como já dissemos em episódios do podcast e em outros posts – e experiência (o ideal é ter uma boa combinação dos dois). Em nosso mundo competitivo, é mais fácil conseguir experiência se tivermos conhecimento.

Quer uma dica quente de como investir no seu aprimoramento? Que tal participar das oficinas de tradução jurídica da Ana Iaria? A Ana – advogada, tradutora há 20 anos, que mora na Inglaterra – está aqui no Brasil para compartilhar um bocado da experiência adquirida na tradução jurídica ao longo de todos esses anos.  Serão duas oficinas (sobre contratos e armadilhas da tradução jurídica) a serem realizadas nos dias 30/07 e 02/08, em São Paulo.

E aí? Vai perder? Quando conversamos, Ana disse que não deve vir ao Brasil ano que vem, portanto, outra oportunidade como essa vai demorar.

Você encontra mais informações aqui.

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Palestra sobre tradução de negócios

Lembram-se de como dissemos, no último episódio, que o tradutor deve investir em conhecimento? Pois é! Eis aqui uma excelente oportunidade! O investimento é pequeno em relação ao retorno prometido.

No dia 27 de julho, Danilo Nogueira e Kelli Semolini apresentarão uma palestra interessantíssima à distância sobre como evitar as armadilhas nas traduções de negócios.

Por exemplo, palavrinhas como income, revenue, earnings, renda, receita, arrecadação e faturamento estarão na berlinda. Só quem já teve de traduzir esses termos sabe como eles são enganadores!

Quer saber mais? Visite o site deles ou se inscreva diretamente no site do Aulavox clicando aqui.